40 Anos

Às vezes as coisas se encaixam numa sucessão de acontecimentos e você se pega pensando no porquê de tudo ser assim e como tudo aquilo está querendo te dizer algo de alguma maneira. Ou então quando acontece algo de repente, frustrando todos os seus planos por tanto tempo amadurecidos, transformando e transtornando toda a sua vida. Como um acidente de carro, por exemplo.

Penso que às vezes realmente atraímos os fatos e as reações por eles desencadeadas através de nossas escolhas. Mas às vezes dá a sensação de sermos apenas joguetes do destino, marionetes na mão de uma grande força, na qual não vemos e só podemos sentir e acreditar.

Passei alguns meses do ano passado, um tanto quieta, numa busca desenfreada de me encontrar e por acontecimentos que me levavam a esses pensamentos. Isolei-me do mundo real, quase que completamente. Me agarrei nas pessoas que me são mais chegadas, passando a valorizá-las cada vez mais. Meu “eu” rebelde se aquietou um pouco e me peguei pensando coisas mais comuns. Logo eu que sempre fui – acho que ainda sou – tão rebelde.

Será a idade? Afinal, estou prestes a completer 40 anos. Será que chega um tempo em que a gente se acomoda? Ou se entende?

Alguns estudiosos dizem que isso é sabedoria. Para mim, é apenas uma calmaria, que às vezes pode prenunciar uma tempestade, uma reviravolta, mesmo que seja apenas interna.
Pensar em chegar aos 40, não é fácil, mas é desafiador. A vida nos prepara para que sejamos donas de nossos próprios passos, guiadora de nossos próprios caminhos e se perder agora, seria apenas uma brincadeira tola.

À partir desse hiato que vivi em minha vida, decidi não me rotular mais, até porque, me sinto em constante mudança, talvez mude para uma pessoa mais evoluída, talvez o tempo apenas tenha amenizado certas loucuras. Ou talvez ainda, seja apenas vontade de voltar.

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Categorias: Comportamento

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